GERAL | Indígenas Feridos em Ataque em Mato Grosso do Sul

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Denúncias Apontam Conivência da Força Nacional com o Crime

Um ataque armado contra indígenas Guarani Kaiowá na Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, em Douradina (MS), deixou pelo menos dez feridos, dois em estado grave. Os feridos foram encaminhados para o Hospital da Vida, em Dourados. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o ataque aconteceu logo após a saída da Força Nacional do território, levantando suspeitas de conivência por parte dos agentes de segurança. Relatos de indígenas afirmam ter ouvido ameaças de agentes antes do ataque, incluindo a frase: “Pega teu povo e sai daqui ou vocês vão morrer”.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) informou que recebeu as denúncias e enviou uma equipe ao local, acompanhada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pelo Ministério Público Federal, para prestar assistência aos Guarani Kaiowá. A Secretaria de Saúde Indígena foi acionada para tratar os feridos com menor gravidade, enquanto um dos feridos graves segue sob cuidados intensivos. O secretário executivo do MPI, Eloy Terena, exigiu explicações do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a retirada da Força Nacional e solicitou o retorno imediato do efetivo para garantir a segurança dos indígenas.

O ataque ocorreu na retomada Pikyxyin, uma das sete áreas da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, identificada e delimitada desde 2011. Segundo o Cimi, jagunços armados atiraram com munição letal e balas de borracha a partir de caminhonetes, em uma ação que pareceu coordenada com a retirada dos agentes da Força Nacional. Na quinta-feira anterior ao ataque, um ruralista armado havia sido detido pela Força Nacional no local, aumentando a tensão na região.

A Defensoria Pública da União (DPU) foi informada sobre o incidente e planeja entrar com uma representação para destituir o comando da Força Nacional em Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal foi solicitada a iniciar uma investigação imediata sobre o ocorrido, e o Comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar reforçou o policiamento na área para evitar novos episódios de violência.

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