Coluna do Dr. João Gabriel Ferreira: CORONEL’S LANCHONETE

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Em primeiro lugar, esclareço que sou absolutamente contrário ao uso do apóstrofo, no Brasil, para designar a posse de algo, como ocorre na língua inglesa. Contudo, de maneira extraordinária, farei uso do referido recurso porque pareceu mais apropriado em sentido humorístico (ou não). Pois bem. Na semana passada, passei a receita do X-Coronel, um sanduíche de sabor amargo servido por aí.

Mas faltaram os outros itens do cardápio, que ouso descrevê-los para ampliar o rol de possibilidades aos eleitores das corrutelas por aí afora:

Pastel de apaniguado: uma deliciosa massa feita com farinha de trigo e levada à fritura. O apaniguado diz respeito ao recheio, pois geralmente não têm conteudo. Logo, o pastel de apaniguado não tem nada dentro, além de vento.

Batata rústica: tubérculo fatiado levado à fritura. A batata é rústica porque é grossa e rude (pleonasmo), vem com uma gravação “tenho asco e nojo de você”. Mais rústico, impossível.

Pizza de CPI: sempre servida após CPIs, tem recheio de passapanismo para correligionários.

Isca de traíra: deliciosa porção de peixe traiçoeiro que sempre fica atravessado na garganta. Peixe bastante comum na política. Traiçoeiro, inclusive, contra protegidos.

Abram o olho.

X-bacon: sanduíche feito com hambúrguer, queijo, pão de hambúrguer e bacon tirado do espírito de porco dos neoapaniguados e dos coronéis.

X-lombo: sanduiche feito com pão de hamburguer, queijo e lombo do trabalhador, sempre espancado com os impostos e mamatas votadas pelos vereadores.

Hambúrguer de caracu: sanduíche feito com pão de hamburguer e caracu, os políticos entram com a cara e o povo entra com o resto.

Porção de boteco: quitutes diversos, tais como coxinhas, quibes, bolinhas de queijo, etc, tudo em homenagem aos apaniguados pegos em botecos durante a jornada de trabalho em outros tempos.X-nada: sanduiche com pão de “hamburguês” (ou seja, não é da classe trabalhadora) com pão de hamburguer e só. O recheio é o mesmo do conteúdo dos cérebros dos coronéis, bem como do

desconhecimento que os mesmos demonstram sobre desvios, nepotismo, naves japonesas subtraídas e quejandos.

Todas os pedidos são entregues pela própria lanchonete em Corolla próprio, conduzido pelo sobrinho do dono, como já dito na coluna anterior.

Obs1: o recinto não tem música porque o dono é azedo e amargo e não gosta de ver os outros felizes.

Obs2: tenham paciência com o atendimento, há trabalhadores fantasmas que só recebem salário e não aparecem, como é normal nas corrutelas administradas por coronéis.

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