Coluna do Dr. João Ferreira: ATAQUES E FRALDAS

ATAQUES E FRALDAS
Em 24 anos de eleições municipais, esta, sem dúvida, é a disputa com mais baixarias, ataques e perversidades.
Quanto mais perto da eleição, maiores as baixarias. Este colunista (que não é politico, mas apenas um palpiteiro) já foi atacado por candidato, filho de candidato, capacho de candidato e por idiota útil de candidato. Tudo para defender político de estimação e para garantir uma boquinha a partir de 2025.
A cadeirada de José Luiz Datena em Pablo Marçal, em um debate para a prefeitura de São Paulo, foi apenas o ápice de algo que estava sendo desenhado anteriormente e que só não aconteceu em outros lugares por falta de oportunidade.
Mesmo assim, a disputa baixa envolveu, em Santa Cruz do Rio Pardo, aspectos particulares impublicáveis.
Acusações vergonhosas, invencionices baratas e supostas intimidades foram colocadas à mesa, como se o respeito e a dignidade estivessem fora do cardápio eleitoral.
Este mesmo colunista foi chamado de “sujo” apenas por revelar (ou relembrar) o passado de um candidato. Quando não é a turma dos puxa-sacos, é o neófito que toma as dores do atacado, se esquecendo de que quem está na política é para ser criticado ou questionado. Aliás, sujo é aquele que produz fake news ou publica informações descontextualizadas.
Quem maneja a caneta (ou o teclado) deste lado não foi condenado por crime eleitoral, por
improbidade, por mentira eleitoral e por superfaturamento no lixo. Quem é sujo mesmo?
Aquele que acusa este colunista deveria olhar as próprias fraldas ou as fraldas de quem defende. Aliás, é bom lembrar a frase famosa: políticos e fraldas devem ser trocados periodicamente.
É por isto que muitas pessoas boas deixam de entrar na politica. O que deveria ser um bom debate de ideias acaba virando uma selvageria de pessoas letradas e iletradas. Quem encara uma disputa
sabendo que terá que lidar com “lavageiras” políticas?
É uma pena que, mais uma vez, a política esteja sendo utilizada por canalhas que buscam realizações pessoais e atacar os adversários (e não adversários também). Disto (vontade de ser político), este colunista se livrou. A única preocupação deste que escreve é tentar abrir os olhos de quem aperta os teclados na urna eletrônica, sabendo que, de novo, a Administração Pública poderá ser tocada por alguns marginais e desonestos.
Haja fraldas.