Empresário Lê Zaia é vítima de extorsão e acusados são condenados
O empresário Alessandro Oliveira Zaia, conhecido como Lê Zaia, foi reconhecido judicialmente como vítima de um esquema de extorsão que durou meses e envolveu graves ameaças, exigência de transferências bancárias e tentativas de abalar sua imagem perante a sociedade.
De acordo com a sentença proferida pela Vara Criminal de Santa Cruz do Rio Pardo, VICTÓRIA Ketheleen da Silva Sousa e Douglas Moacir de Souza foram considerados culpados e condenados por extorsão praticada por meio de grave ameaça, em diferentes datas ao longo de 2023.
↪️ Como funcionava o esquema
Segundo os autos, VICTÓRIA e DOUGLAS, ambos ligados a transexual conhecida como “Mimi”, passaram a ameaçar Lê Zaia afirmando possuir fotos comprometedoras que seriam divulgadas à família e à sociedade caso não recebessem dinheiro.
As ameaças eram feitas exclusivamente por telefone.
• VICTÓRIA recebeu da vítima R$ 73.200,00, em dez transferências realizadas entre abril e junho de 2023.
• DOUGLAS recebeu R$ 6.500,00, em três pagamentos distintos, também mediante ameaças.
A vítima relatou que jamais encontrou os acusados pessoalmente — todas as exigências vinham por ligações e mensagens.
↪️ O que a investigação revelou
O Ministério Público demonstrou que os valores foram pagos por medo de exposição pública. Em um dos episódios, VICTÓRIA chegou a tirar fotos em frente ao consultório da filha de Lê Zaia para reforçar as intimidações.
A Justiça considerou que os dois agiam de forma independente, mas utilizavam o mesmo método: ameaçar divulgar fatos pessoais e íntimos para obter vantagem econômica.
↪️ As condenações
Na sentença, o juíz responsável Dr. João Paulo, reconheceu a prática de extorsão qualificada e aplicou as seguintes penas:
• VICTÓRIA Ketheleen da Silva Sousa:
Condenada por 10 crimes de extorsão, com aumento de pena pela continuidade delitiva.
Pena total: mais de 12 anos de prisão.
• Douglas Moacir de Souza:
Condenado por 3 crimes de extorsão, também com aumento de pena pela continuidade delitiva.
Pena total: mais de 5 anos de prisão.
↪️ Direito de defesa permanece
Apesar das condenações, ainda cabe recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o que significa que as decisões ainda podem ser revisadas em instâncias superiores.
Foto: Reprodução Rede Social
